Série : Black Mirror (Netflix)
É extremamente irônico e trágico escrever a resenha do Black Mirror porque eu acabei de terminar a série em sua quinta temporada ontem, contudo eu já estava listando um a um cada episódio e salvando automaticamente o rascunho no Blogger e hoje quando eu iria finalizar tudo eu descubro que não salvou nada! Sacada irônica da tecnologia perante a mim? Pode ser. Mas não vou desistir e escrevo de novo tudo.
Black Mirror é uma série que precisa parar para pensar como dar a opinião, e eu li diversas resenhas desde 2011 quando a série foi lançada e achei a grande maioria inflada e exagerada em diversas teorias da conspiração que são interessantes, mas que é um pouco piração da galera que assistiu. Gostei da série, de verdade, e quero escrever esse ponto de vista geral o quanto antes para que não caia no limbo cerebral e eu perca o calor da coisa.
A série é baseada em episódios independentes, escritos por Charlie Brooker que tem um toque irônico em todas suas históricas, é grotesco e engraçadinho dentro da média de 1 hora que cada episódio tem. Tudo pode ser assistido de ordem aleatória porque não tem uma sequência certinha (há quem diga que os episódios são relacionados em si, mas não acho, vejo que em pequenos detalhes de um episódio em outro apenas).
Black Mirror porque vem das telas dos computadores/televisões/celulares, que quando apagados ficam negras e se pode ver como um espelho. Um espelho assombroso no caso da série.
Não sou pretensiosa em fazer uma super resenha com analise psicológica e relacionar com obras e qualquer outra coisa pomposa e super intelectual. Aqui nada mais é que minha humilde opinião perante e a série e quais episódios eu gostei mais e quais gostei menos ok? Não sofra. Não tem spoilers
PRIMEIRA TEMPORADA (2011)
1) The National Anthem (O Hino Nacional) - MELHOR EPISÓDIO DA TEMPORADA
Para mim o mais importante de uma série é você ter o impacto de querer segui-la no primeiro episódio, assim eu acho que é minha medida de qualidade. Porque eu tento acompanhar séries que dizem ser boas até o máximo, mas sou super baseada na frase:"A primeira impressão é que vale". Verdade. Apesar dos episódios serem independentes e podem ser vistos sem ordem cronológica eu tenho mania de TOC e precisava começar pelo primeiro. E sim a primeira impressão foi excelente.
A história nada mais é que um belo dia o primeiro-ministro britânico é despertado as pressas para assistir à um vídeo que está rolando na internet com a queridinha de todos, princesa Susannah, sendo refém de um sequestro, no qual pedem por sua vida um vídeo ao vivo do primeiro-ministro em uma situação completamente asquerosa e de péssimo humor. Não vou expor exatamente o que é, mas posso dizer que a popularidade do político é colocada em jogo porque a pressão pública o massacra querendo que resolva essa situação. O episódio é uma crítica extremamente explícita do que é nosso vício pelas telas, acompanhando loucamente a televisão,notícias e não tirando os olhos para ver o que está passando ao redor nas ruas e na vida real. Esse episódio é muito bom, ele te dá diversas sensações de angustia e asco, e você fica ansioso para o fim, para saber se de fato o primeiro-ministro vai fazer o que os sequestradores pedem.
2) Fifteen Million Reasons (15 Milhões de Méritos)
Episódio chato, esse foi um dos que menos gostei de todas as temporadas. Tenta fazer uma crítica a como somos vendidos, literalmente, como somos fáceis de persuadir pela fama ou bem-estar, mas para mim foi entediante. Acho poderia ter sido melhor trabalhado. A história nada mais é de um mundo teoricamente alternativo em que as pessoas vivem baseada em edifício moderno do qual não saem e dali realizam suas tarefas diárias. Se acumulam pontos através de uma bicicleta ergométrica do qual podem ser trocados por comida, pasta de dente, acessórios para seu avatar, comprar filmes ou fazer parte de um tipo reality show do qual é bem similar ao American Idol/The Voice/X Factor e programas nesse naipe. Claro cada item tem seu custo e valem mais ou menos pontos. Enfim, o personagem principal é um pouco distraído e tímido, o que deixa mais parado ainda o episódio em si.
Existe uma forte pressão referente as pessoas gordas, porque são excluídas da sociedade e motivo de chacota, o que achei completamente desnecessário e ofensivo.
3) Entire History of you (A história inteira sobre você)
Gostei desse episódio também, é bem assustador onde a tecnologia chegou nesse caso. As pessoas possui um pequeno controle remoto do qual pode reviver/visualizar suas memórias (Hum, quem sabe isso me ajudaria a reescrever meu post perdido) e assim analisa-las com mais precisão, checando mínimos detalhes de alguma conversa e também expondo como um projetor para outras pessoas também poderem ver o que você passou. Tudo parece maravilhoso, mas obviamente por ser Black Mirror não é. O episódio se baseia na desconfiança de um homem perante sua esposa, analisando conversas que teve com ela versus cenas que ele percebeu na convivência com um grupo de amigos. É psicótico, louco e agressivo. Muito bom episódio.
SEGUNDA TEMPORADA (2013)
1) Be Right Back (Volto Já) - MELHOR EPISÓDIO DA TEMPORADA
Me deu pena esse episódio, porque é triste, sei que tem todo um cunho tecnológico bizarro nele, mas senti que se eu passasse pela mesma situação eu faria igual ou pior kkkk. O que acontece é que temos um casal jovem, divertido e fofo que sempre gostamos de ver em filmes de comédia romântica, até que uma tragédia deixa a mulher viúva e recém descobre que está grávida. Claro ela está devastada e triste, e então através de uma indicação de outra mulher na mesma situação ela entra de cabeça na tecnologia de reviver o ente querido, como se estivesse conversando com ele pelas mensagens, é um copilado de modos e palavras que a pessoa usa nas redes sociais que fizeram um apanhado e recriaram a pessoa para conversar. Contudo não satisfeito com apenas conversar por e-mail o que pensa em falar por telefone? Assustador? E se você pudesse ver a pessoa novamente? Não vou explicar como e por que. Assistam. Eu amei.
2) White Bear (Urso Branco)
É ruim, não gostei do episódio, apesar de ser uma adrenalina louca do começo ao fim, não me convenceu. Uma mulher desperta em uma casa, que possivelmente seja dela, totalmente perdida e confusa, típica amnésia, e sai pelas ruas perguntando quem ela é, as pessoas ao redor a ignoram e tiram fotos, fazem videos. E ela conturbada vai buscando alguma informação até que se depara com caçadores que começam a persegui-la e tentar mata-la, ela vai fugindo e no meio se encontra com outra garota que vai tentando ajuda-la a escapar sem dar muitos detalhes do que está acontecendo de fato. Estranho porque em todo momento, mesmo quando é atacada as pessoas continuam olhando para o celular, se acercando para tirar fotos e vídeos dela. Até que somente no fim você descobre bem o porque. Mas não achei interessante, achei sádico, maluco e não muito convincente para acontecer na vida real. Sei lá.
3) The Waldo Moment (Momento Waldo)
Esse pra mim é o pior episódio da série. Porque é chato, cansativo e tosco. Waldo é um urso azul desbocado e irônico controlado por um comediante que coloca na parede alguns candidatos políticos com perguntas cheias de duplo sentido da vida pessoal banhado de palavrões. O comediante é chato. O urso é chato. E eles tentam esticar o episódio com alguma possibilidade de colocar o urso boca suja na política, porque a população aprova seu jeito irreverente. Mas não sei o fim é ruim também, então comparando com ótimos episódios que temos na série, esse não se compara
ESPECIAL DE NATAL (2014)
White Christimas (Natal branco)
Depois de sair do cansativo Waldo eu fui para esse especial de Natal lançado solto em 2014 com nada mais e nada menos que Jon Hamm (vide Mad Men). É um episódio muito bom, com começo, meio e fim com sentido. Tudo se relaciona e o fim é muito interessante. Dois homens em uma cozinha, período de Natal começam a conversar, um deles não tem ideia de nada, de onde está e parece absorvido em seus pensamentos apenas, parece perdido, e o outro, mais simpático (Jon Hamm) começa a entretê-lo com uma conversa. A princípio começa a contar sua própria história, sobre seu trabalho extra ajudando jovens conquistar mulheres e seu trabalho oficial que era uma tecnologia super interessante aplicada para melhorar o dia-a-dia das pessoas. Depois se passa para a história do outro, que é bem trágica e triste. O fim é supreendente
TERCEIRA TEMPORADA (2016)
1) Nosedive (Queda livre)
A terceira temporada é boa, eu não gostei somente de um episódio, os demais são todos muito bons. Nosedive é ótimo, mas demora para engrenar, porque o começo é lento, trata-se da ironia do nosso vício por likes, a personagem principal vive essa necessidade de ser adorada, com suas fotos, corações, mensagens bonitinhas e assim tem sua pontuação, da qual se baseia para poder comparar com outras pessoas, as que tem menos, teoricamente são menos prestigiosas, chamam menos atenção e não tem muitos amigos e os com mais pontuação são os mais ricos, famosos e interessantes. Com esse vício e loucura combinada ela tenta atingir melhor pontuação para conseguir um desconto no aluguel da casa que sonha. É bem fútil. Mas como a vida não é perfeita ela passa por algumas provas de fogo e vai se desesperando pouco a pouco com o que vai acontecendo com seus pontos.
2) Playtest (Versão de testes)
Ótimo episódio também, quase foi meu favorito da temporada até Hated in Nation. Um rapaz sai de casa e se aventura no mundo, mochileiro, vai conhecendo várias países e cultura. Por fim em uma última parada tem um problema com seu cartão de banco e fica sem dinheiro para poder voltar para casa. Com a indicação de uma garota que conheceu vai para um teste de vídeo games que uma empresa famosa de tecnologia paga para os jogadores provarem. Começa com pequenos testes de personagens, o que é super divertido e com ótimo gráfico. Depois vai para outro teste de uma casa assombrada, assustadora, da qual tem que passar a noite. O final é muito bom, porque quando você pensa que acabou, você errou.
3) Shup Up and Dance (Manda quem pode)
Esse episódio tinha tudo para dar certo, mas o fim é tosco. Porque o que acontece é que temos um garoto comum que é pego por um site pornográfico se tocando e com isso recebe ameaças de exposição de cyber sequestradores, para que nada aconteça tem que seguir passo a passo o que pedem pelas mensagens. Mas assim descobre que não só ele, mas diversas pessoas também estão na mesma situação, tentando seguir religiosamente o que pedem para se verem livre do medo de descobrirem. Tudo envolve direta e indiretamente a pornografia.
Tudo vai seguindo super bem até que o fim e tão tosco, não é engraçado, vi que tem teorias para todo esse fim, mas foi babaca.
4) San Junipero
É um episódio fofo e romântico. Também gostei muito, o único ponto é que é lento, então tem que ter paciência porque é muito vai e volta, mas o final é muito legal. São duas garotas que se conhecem entre os tempos anos 80,90 e 00's , e vivem uma linda relação juntas. O curioso são os saltos durante o anos, que no começo não me fez sentido algum, fiquei perdida e depois quando logo está terminando o episódio você compreende do que se trata (não vou contar Spoilers). Também me lembra o jogo de Playstation VR que já baixei a demo e que quero jogar que é Transference, um mistério que envolve idas e vindas no tempo (logo faço um review).
Como disse o fim é super lindo de uma tecnologia extremamente positiva e adorável para os que querem ter uma eternidade adiante.
5) Men Against Fire (Engenharia reversa)
O pior episódio da temporada. Até parece promissor no começo, mas o fim é uma m*rda. Soldados do exército, super bem equipados tecnologicamente com visores projetores de lentes de contato, armas de última geração, UAU. Mas ai a história vai se afundando, um povoado chama o exército para dizer que alguns seres, as "baratas", roubaram comida de um armazém e que todos estão assustados. Vão seguindo investigando até encontrar uma casa que abriga as baratas que nada mais são que meio zumbis, sei lá, o exército consegue matar alguns, contudo um soldado é infectado por um dispositivo que faz interferência no seu visor de soldado, começa a surtir erros e ele começa a ver toda a guerra de um modo diferente.
6) Hated in Nation (Odiados pela Nação) - MELHOR EPISÓDIO DA TEMPORADA
Eu explico porque é o melhor episódio da temporada. Porque eu amo coisas de detetives e investigação, simples e como toda história é baseada no trabalho de busca, identificação e prisão de um cyber assassino fica mais interessante ainda. Nada mais é que um episódio que dá alfinetas em nossa péssima conduta de desejar a morte de outras pessoas que odiamos na internet. Com hashtag no Hated in Nation as pessoas são escolhidas para morrer. As mais odiadas que estão no Treding Topics são alvo de mortes peculiares e impossíveis de identificar. É sensacional, começo, meio e fim envolvem e não consegue perder tempo em saber o que vai acontecer e quem é que está por trás de tudo isso. Instigante.
Black Mirror é uma série que precisa parar para pensar como dar a opinião, e eu li diversas resenhas desde 2011 quando a série foi lançada e achei a grande maioria inflada e exagerada em diversas teorias da conspiração que são interessantes, mas que é um pouco piração da galera que assistiu. Gostei da série, de verdade, e quero escrever esse ponto de vista geral o quanto antes para que não caia no limbo cerebral e eu perca o calor da coisa.
A série é baseada em episódios independentes, escritos por Charlie Brooker que tem um toque irônico em todas suas históricas, é grotesco e engraçadinho dentro da média de 1 hora que cada episódio tem. Tudo pode ser assistido de ordem aleatória porque não tem uma sequência certinha (há quem diga que os episódios são relacionados em si, mas não acho, vejo que em pequenos detalhes de um episódio em outro apenas).
Black Mirror porque vem das telas dos computadores/televisões/celulares, que quando apagados ficam negras e se pode ver como um espelho. Um espelho assombroso no caso da série.
Não sou pretensiosa em fazer uma super resenha com analise psicológica e relacionar com obras e qualquer outra coisa pomposa e super intelectual. Aqui nada mais é que minha humilde opinião perante e a série e quais episódios eu gostei mais e quais gostei menos ok? Não sofra. Não tem spoilers
PRIMEIRA TEMPORADA (2011)
1) The National Anthem (O Hino Nacional) - MELHOR EPISÓDIO DA TEMPORADA
Para mim o mais importante de uma série é você ter o impacto de querer segui-la no primeiro episódio, assim eu acho que é minha medida de qualidade. Porque eu tento acompanhar séries que dizem ser boas até o máximo, mas sou super baseada na frase:"A primeira impressão é que vale". Verdade. Apesar dos episódios serem independentes e podem ser vistos sem ordem cronológica eu tenho mania de TOC e precisava começar pelo primeiro. E sim a primeira impressão foi excelente.
A história nada mais é que um belo dia o primeiro-ministro britânico é despertado as pressas para assistir à um vídeo que está rolando na internet com a queridinha de todos, princesa Susannah, sendo refém de um sequestro, no qual pedem por sua vida um vídeo ao vivo do primeiro-ministro em uma situação completamente asquerosa e de péssimo humor. Não vou expor exatamente o que é, mas posso dizer que a popularidade do político é colocada em jogo porque a pressão pública o massacra querendo que resolva essa situação. O episódio é uma crítica extremamente explícita do que é nosso vício pelas telas, acompanhando loucamente a televisão,notícias e não tirando os olhos para ver o que está passando ao redor nas ruas e na vida real. Esse episódio é muito bom, ele te dá diversas sensações de angustia e asco, e você fica ansioso para o fim, para saber se de fato o primeiro-ministro vai fazer o que os sequestradores pedem.
2) Fifteen Million Reasons (15 Milhões de Méritos)
Episódio chato, esse foi um dos que menos gostei de todas as temporadas. Tenta fazer uma crítica a como somos vendidos, literalmente, como somos fáceis de persuadir pela fama ou bem-estar, mas para mim foi entediante. Acho poderia ter sido melhor trabalhado. A história nada mais é de um mundo teoricamente alternativo em que as pessoas vivem baseada em edifício moderno do qual não saem e dali realizam suas tarefas diárias. Se acumulam pontos através de uma bicicleta ergométrica do qual podem ser trocados por comida, pasta de dente, acessórios para seu avatar, comprar filmes ou fazer parte de um tipo reality show do qual é bem similar ao American Idol/The Voice/X Factor e programas nesse naipe. Claro cada item tem seu custo e valem mais ou menos pontos. Enfim, o personagem principal é um pouco distraído e tímido, o que deixa mais parado ainda o episódio em si.
Existe uma forte pressão referente as pessoas gordas, porque são excluídas da sociedade e motivo de chacota, o que achei completamente desnecessário e ofensivo.
3) Entire History of you (A história inteira sobre você)
Gostei desse episódio também, é bem assustador onde a tecnologia chegou nesse caso. As pessoas possui um pequeno controle remoto do qual pode reviver/visualizar suas memórias (Hum, quem sabe isso me ajudaria a reescrever meu post perdido) e assim analisa-las com mais precisão, checando mínimos detalhes de alguma conversa e também expondo como um projetor para outras pessoas também poderem ver o que você passou. Tudo parece maravilhoso, mas obviamente por ser Black Mirror não é. O episódio se baseia na desconfiança de um homem perante sua esposa, analisando conversas que teve com ela versus cenas que ele percebeu na convivência com um grupo de amigos. É psicótico, louco e agressivo. Muito bom episódio.
SEGUNDA TEMPORADA (2013)
1) Be Right Back (Volto Já) - MELHOR EPISÓDIO DA TEMPORADA
Me deu pena esse episódio, porque é triste, sei que tem todo um cunho tecnológico bizarro nele, mas senti que se eu passasse pela mesma situação eu faria igual ou pior kkkk. O que acontece é que temos um casal jovem, divertido e fofo que sempre gostamos de ver em filmes de comédia romântica, até que uma tragédia deixa a mulher viúva e recém descobre que está grávida. Claro ela está devastada e triste, e então através de uma indicação de outra mulher na mesma situação ela entra de cabeça na tecnologia de reviver o ente querido, como se estivesse conversando com ele pelas mensagens, é um copilado de modos e palavras que a pessoa usa nas redes sociais que fizeram um apanhado e recriaram a pessoa para conversar. Contudo não satisfeito com apenas conversar por e-mail o que pensa em falar por telefone? Assustador? E se você pudesse ver a pessoa novamente? Não vou explicar como e por que. Assistam. Eu amei.
2) White Bear (Urso Branco)
É ruim, não gostei do episódio, apesar de ser uma adrenalina louca do começo ao fim, não me convenceu. Uma mulher desperta em uma casa, que possivelmente seja dela, totalmente perdida e confusa, típica amnésia, e sai pelas ruas perguntando quem ela é, as pessoas ao redor a ignoram e tiram fotos, fazem videos. E ela conturbada vai buscando alguma informação até que se depara com caçadores que começam a persegui-la e tentar mata-la, ela vai fugindo e no meio se encontra com outra garota que vai tentando ajuda-la a escapar sem dar muitos detalhes do que está acontecendo de fato. Estranho porque em todo momento, mesmo quando é atacada as pessoas continuam olhando para o celular, se acercando para tirar fotos e vídeos dela. Até que somente no fim você descobre bem o porque. Mas não achei interessante, achei sádico, maluco e não muito convincente para acontecer na vida real. Sei lá.
3) The Waldo Moment (Momento Waldo)
Esse pra mim é o pior episódio da série. Porque é chato, cansativo e tosco. Waldo é um urso azul desbocado e irônico controlado por um comediante que coloca na parede alguns candidatos políticos com perguntas cheias de duplo sentido da vida pessoal banhado de palavrões. O comediante é chato. O urso é chato. E eles tentam esticar o episódio com alguma possibilidade de colocar o urso boca suja na política, porque a população aprova seu jeito irreverente. Mas não sei o fim é ruim também, então comparando com ótimos episódios que temos na série, esse não se compara
ESPECIAL DE NATAL (2014)
White Christimas (Natal branco)
Depois de sair do cansativo Waldo eu fui para esse especial de Natal lançado solto em 2014 com nada mais e nada menos que Jon Hamm (vide Mad Men). É um episódio muito bom, com começo, meio e fim com sentido. Tudo se relaciona e o fim é muito interessante. Dois homens em uma cozinha, período de Natal começam a conversar, um deles não tem ideia de nada, de onde está e parece absorvido em seus pensamentos apenas, parece perdido, e o outro, mais simpático (Jon Hamm) começa a entretê-lo com uma conversa. A princípio começa a contar sua própria história, sobre seu trabalho extra ajudando jovens conquistar mulheres e seu trabalho oficial que era uma tecnologia super interessante aplicada para melhorar o dia-a-dia das pessoas. Depois se passa para a história do outro, que é bem trágica e triste. O fim é supreendente
TERCEIRA TEMPORADA (2016)
1) Nosedive (Queda livre)
A terceira temporada é boa, eu não gostei somente de um episódio, os demais são todos muito bons. Nosedive é ótimo, mas demora para engrenar, porque o começo é lento, trata-se da ironia do nosso vício por likes, a personagem principal vive essa necessidade de ser adorada, com suas fotos, corações, mensagens bonitinhas e assim tem sua pontuação, da qual se baseia para poder comparar com outras pessoas, as que tem menos, teoricamente são menos prestigiosas, chamam menos atenção e não tem muitos amigos e os com mais pontuação são os mais ricos, famosos e interessantes. Com esse vício e loucura combinada ela tenta atingir melhor pontuação para conseguir um desconto no aluguel da casa que sonha. É bem fútil. Mas como a vida não é perfeita ela passa por algumas provas de fogo e vai se desesperando pouco a pouco com o que vai acontecendo com seus pontos.
2) Playtest (Versão de testes)
Ótimo episódio também, quase foi meu favorito da temporada até Hated in Nation. Um rapaz sai de casa e se aventura no mundo, mochileiro, vai conhecendo várias países e cultura. Por fim em uma última parada tem um problema com seu cartão de banco e fica sem dinheiro para poder voltar para casa. Com a indicação de uma garota que conheceu vai para um teste de vídeo games que uma empresa famosa de tecnologia paga para os jogadores provarem. Começa com pequenos testes de personagens, o que é super divertido e com ótimo gráfico. Depois vai para outro teste de uma casa assombrada, assustadora, da qual tem que passar a noite. O final é muito bom, porque quando você pensa que acabou, você errou.
3) Shup Up and Dance (Manda quem pode)
Esse episódio tinha tudo para dar certo, mas o fim é tosco. Porque o que acontece é que temos um garoto comum que é pego por um site pornográfico se tocando e com isso recebe ameaças de exposição de cyber sequestradores, para que nada aconteça tem que seguir passo a passo o que pedem pelas mensagens. Mas assim descobre que não só ele, mas diversas pessoas também estão na mesma situação, tentando seguir religiosamente o que pedem para se verem livre do medo de descobrirem. Tudo envolve direta e indiretamente a pornografia.
Tudo vai seguindo super bem até que o fim e tão tosco, não é engraçado, vi que tem teorias para todo esse fim, mas foi babaca.
4) San Junipero
É um episódio fofo e romântico. Também gostei muito, o único ponto é que é lento, então tem que ter paciência porque é muito vai e volta, mas o final é muito legal. São duas garotas que se conhecem entre os tempos anos 80,90 e 00's , e vivem uma linda relação juntas. O curioso são os saltos durante o anos, que no começo não me fez sentido algum, fiquei perdida e depois quando logo está terminando o episódio você compreende do que se trata (não vou contar Spoilers). Também me lembra o jogo de Playstation VR que já baixei a demo e que quero jogar que é Transference, um mistério que envolve idas e vindas no tempo (logo faço um review).
Como disse o fim é super lindo de uma tecnologia extremamente positiva e adorável para os que querem ter uma eternidade adiante.
5) Men Against Fire (Engenharia reversa)
O pior episódio da temporada. Até parece promissor no começo, mas o fim é uma m*rda. Soldados do exército, super bem equipados tecnologicamente com visores projetores de lentes de contato, armas de última geração, UAU. Mas ai a história vai se afundando, um povoado chama o exército para dizer que alguns seres, as "baratas", roubaram comida de um armazém e que todos estão assustados. Vão seguindo investigando até encontrar uma casa que abriga as baratas que nada mais são que meio zumbis, sei lá, o exército consegue matar alguns, contudo um soldado é infectado por um dispositivo que faz interferência no seu visor de soldado, começa a surtir erros e ele começa a ver toda a guerra de um modo diferente.
6) Hated in Nation (Odiados pela Nação) - MELHOR EPISÓDIO DA TEMPORADA
Eu explico porque é o melhor episódio da temporada. Porque eu amo coisas de detetives e investigação, simples e como toda história é baseada no trabalho de busca, identificação e prisão de um cyber assassino fica mais interessante ainda. Nada mais é que um episódio que dá alfinetas em nossa péssima conduta de desejar a morte de outras pessoas que odiamos na internet. Com hashtag no Hated in Nation as pessoas são escolhidas para morrer. As mais odiadas que estão no Treding Topics são alvo de mortes peculiares e impossíveis de identificar. É sensacional, começo, meio e fim envolvem e não consegue perder tempo em saber o que vai acontecer e quem é que está por trás de tudo isso. Instigante.
QUARTA TEMPORADA (2017)
1) USS Callister
Esse episódio mexeu comigo, porque eu a princípio sentia pena do personagem principal Robert Daily que é um diretor sócio de uma grande companhia de tecnologia, mas é um perdedor, todos riem dele, vive isolado, observando apenas, tentando se impor como chefe, mas ninguém dá bola. Em sua casa é um viciado em realidade virtual, assim que chega apenas pede uma pizza e se mete no computador, vivendo então como um personagem da sua série favorita USS Callister como uma versão de Star Trek/Perdidos no Espaço, no qual ele é o capitão da nave espacial e que sua tripulação são seus colegas de trabalho. Contudo apesar de divertido e irreverente, percebe que Robert é sádico e cruel em seu modo de ser, aliás, pode ser que você não o considere se levar em conta que está em realidade virtual, mas é ver para crer. Não posso expor muitos detalhes, mas é um episódio empolgante, sem momentos entediantes e coma expectativa de saber o que vai acontecer no final.
2) Arkangel
Arkangel é um sistema de vigilância dos filhos, instalado para os pais poderem encontra-lo caso desapareçam, bloqueia cenas de violência ou coisas que possam desestabilizar o emocional da criança. Com essas e outras funções o episódio mostra uma mãe que instala em sua pequena filha esse dispositivo e passa a controlar seus movimentos, contudo com o decorrer do crescimento da menina as coisas mudam e ela deve pensar de mantém esse vício em monitora-la ou apenas seguir a vida normalmente. Muitos altos e baixos e um final inesperado para essa mãe. Obviamente é uma crítica na nossa constante paranoia de ter o controle de tudo que certos pais tem pelos seus filhos.
3) Crocodile
Um episódio que desde o começo ao fim você fica tenso, porque tudo que pode acontecer acontece. Obviamente não tão drástico, desculpe. Mas é que quando menos espera uma coisa louca passa pela mente da personagem principal e ela simplesmente faz. Tudo começa com um acidente de carro em que ela viajava com um amigo, embriagados de festa e bebida e que dali guardam durantes anos um segredo obscuro. Após uma crise de entendimento entre eles tudo começa a escorrer pelas mãos da personagem principal que faz de tudo para que ninguém descubra toda a bola de neve que ela vai se formando. A tecnologia aí está aplicada em um rastreamento de lembranças das pessoas feita por uma menina que trabalha em uma empresa de seguros, que busca reverter com pequenos detalhes a memória do que aconteceu em determinado dia com a pessoa. O final espetacular.
4) Hang the DJ
Essa é outra história romântica de Black Mirror, boa para quem gosta de se aventurar em aplicativos de relacionamento como TINDER, não é o pior episódio da série, mas como a quarta temporada é muito boa esse é o episódio mais light que tem. Então assista e desfrute apenas. Existe um tipo de aplicativo que ajuda as pessoas a encontrarem o par ideal eterno, combinando seus gostos e nesse meio tempo vai te passando convivências em outros relacionamentos com outras pessoas. Nem sempre é tão legal, se você encontra alguém que você gosta e que dura algumas horas ou dias pode ser ruim trocar de parceiro. Ou se você já está de saco cheio de alguém pode ver quanto tempo resta ainda com essa pessoa. Uma loucura, mas é bacana a ideia. Vale assistir.
5) Metalhead
Eu não dava nada para esse episódio, de verdade, eu estava até pensando em salta-lo. Aí vi que eram somente 42 minutos, já era noite e tinha insônia e pensei "Por que não?". E cara eu gostei, muito louco e tenso, intenso, louco, insano, me deixou cansada. Não se sabe bem o que acontece, que m*rda passou com a humanidade dessa vez, mas algumas pessoas tentam invadir um armazém para buscar uma caixa específica e levar para a possível base (não fica claro), contudo nessa busca despertam um tipo de robot cachorro dos infernos, cheio de aparatos como rastreadores, balas e coisas assassinas e começam uma perseguição louca, porque bom, é um robô, então necessariamente não é tão simples de morrer, mas ele é extremamente mortífero. Me deixou tensa dos cabelos ao pé porque eu queria saber se a personagem principal iria se salvar. O final é um pouco tocante e você tenta entender que tipo de vida essas pessoas viviam, que mundo era esse que o que estava na caixa pudesse ser tão importante.
6) Black Museum - MELHOR EPISÓDIO DA TEMPORADA
Eu elegi como melhor, porque eu não dava nada nesse episódio, mas ele é tão bom que traz 3 histórias diferentes ao mesmo tempo. Uma garota chega em um posto no meio de uma estrada no meio do nada (Nevada kkk) e começa a recarregar seu carro, com uma bateria solar acredito, muito bacana e essa carga leva 3 horas para completar, entendiada ela começa a caminhar ao redor de onde está e descobre um museu. Black Museum, e nele há todo o arsenal que tem direito dos demais episódios da série Black Mirror como Easter Eggs. Os artefatos são todos de crimes envolvendo a tecnologia, e em meio deles há outros mais que a garota vai perguntando do que se trata e o dono do lugar vai contando cada história. Não vou abrir muitos detalhes para não cair em spoilers, mas o final é realmente muito bom e merecido.
QUINTA TEMPORADA (2019)
1) Striking Vipers - MELHOR EPISÓDIO DA TEMPORADA
Esse episódio é estranho, por isso eu gostei. Dois amigos que há muito tempo não se viam se reencontram no aniversário de um deles, ambos eram viciados em um video game de luta quando viviam juntos, e como presente de aniversário um dos amigos presenteia o outro com uma versão de realidade virtual melhorada desse mesmo game de luta. Chamado Striking Vipers em que sempre um jogava com o personagem mulher e o outro com o personagem homem. Até aí tudo bem, começam então a lutar juntos, contudo, em meio a chama e o calor quem sabe da adrenalina algo mais acontece no jogo e os amigos ao jogar começam a viver uma experiência um pouco inusitada que não se sabe bem o que ela é exatamente. É muito interessante e um pouco intrigante porque não é simplesmente algo simples, kkkkkk. E termina do jeito que acho que deveria ter terminado mesmo. Um excelente episódio
2) Smithereens
Obviamente isso já vimos na vida real, o vício nas notificações que nos deixam ansiosos para ser quem postou o que, quem enviou mensagem, quem me marcou na foto. É baseado nessa ideia que o episódio se desenvolve. Um motorista de Uber aguarda sempre em frente ao prédio da empresa Smithereens (como um possível Facebook) aguardando para que suba algum funcionário da empresa. Sua espera é longa, mas logo consegue um pedido de viagem de um dos empregados e aí começa um louco sequestro baseado completamente na culpa que o motorista tem quanto a empresa, o que ele quer é falar com o dono, o criador dessa rede social. Ameaça policiais, o funcionário e faz de tudo para conseguir. O fim é triste. Apenas posso dizer até aqui para não estragar muito esse episódio.
3) Rachel, Jack and Ashley TOO
O episódio tem sim a Miley Cyrus, e sim ela é uma cantora famosa, chamada Ashley e vive no mundo pop como uma estrela teen. Com isso temos em paralelo a história de duas irmãs Rachel e Jack, ambas vivem apenas com o pai porque a mãe é falecida. Uma é o oposto da outra, Jack é bem do rock, toca instrumento musical, tem piercing e Rachel é mais estilo básico, mas é super fã da cantora Ashley, sabe tudo sobre ela, músicas e coreografias. Ashley então lança uma boneca chamada Ashley TOO, que é baseada em uma cópia do seu intelecto, do qual expressa como deveria ser Ashley. Contudo tudo seria lindo até aí, mas a vida da verdade Ashley, a cantora não é fácil, vive em um ninho de cobras que querem destruir seu desenvolvimento artístico. Com isso e outras mais a vida de Ashley é envolvida com as irmãs através da pequena boneca Ashley TOO. É meio teen o episódio, mas é engraçadinho, eu gostei.
Obrigada para quem leu todo o post e até a próxima!
Obrigada para quem leu todo o post e até a próxima!
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