Raising Dion (Criando Dion) - Netflix

Eu, como quem não queria nada, comecei a assistir a série da Netflix chamada Raising Dion (ou Criando Dion na versão em português) simplesmente porque me caiu super bem a foto do menininho com os cereais flutuando, fora o fato de ter censura de 8 anos em que eu podia assistir tranquilamente com a minha filha saltitando pela sala sem que houvessem surpresas. Pensei sinceramente pelo início que não iria gostar e que desistiria logo no primeiro episódio, mas surpreendentemente os fatos ocorrem bem rápido e tem muitas coisas acontecendo todo o momento, o que te prende e você vai seguindo a história para saber o que está por fim.
Em resumo a série é sobre uma mãe que cria um menino que tem super poderes que apareceram de forma misteriosa e que ninguém sabe ao certo como ajuda-lo a controlar. Seu pai está desaparecido-falecido (não se sabe bem) depois de salvar uma pessoa em uma tempestade (seu pai é um científico e estudioso de tempestades, é interpretado pelo já conhecido Michael B. Jordan) e claro com todos os desafios diários de uma vida doméstica, mãe e filho tem que lidar com as novas habilidades que ele vai descobrindo pouco a pouco.
Não quero entregar spoilers e nem desenvolver um conteúdo massante de leitura, mas queria trazer 5 pontos que me fizeram gostar muito dessa série e esperar ansiosamente pela 2ª temporada que será produzida ainda em 2020 devido ao sucesso (10ª posição na Netflix US). Quer saber?:

1) Preconceito Racial
Sim! Passa na série uma situação em que Dion sofre racismo e sua mãe tenta explicar o que está acontecendo. Porque veja, ele tem 7 anos de idade e não sabe quão tóxico e imundo é a sociedade e as pessoas ao seu redor e que o racismo está impregnado por todos os lados e que ele deve ser forte e saber se defender, saber que existirão pessoas que o diferenciarão das demais. É bem tocante e muito triste a mãe explicar a uma criança, inocente de tudo, o que é isso que está passando com ele. Eu gostei muito de terem abordado esse tema, porque não é uma tarefa fácil, não é lindo, mas existe.


2) Deficiência
Esmeralda, que linda e espertinha menina é. A série traz uma cadeirante com problemas de formação que é a melhor amiga de Dion (assim ela mesmo se intitula), mostra um pouco de suas dificuldades de fazer amigos, de ser aceita e também como ela tem uma ótima autoestima que sobrepõe toda a faceta de uma pessoa que poderia se colocar como vítima e dependente. Não! Esmeralda é independente, é sincera, engraçada e uma ótima amiga. Eu achei maravilhoso esse personagem e mais uma vez nos aproximar de outra realidade.

3) Homossexualismo
Claro que rola um pequeno SPOILER, mas calma, nada grave e intenso que vai mudar sua vida e que vai ser uma m*rda eu ter contato, porque não mexe na história. A tia de Dion é lésbica, e uma mulher extremamente forte e com uma carreira incrível na medicina, mostra então mais uma vez outro tipo de realidade. Claro que não aprofunda muito porque o objetivo da série são os poderes de Dion, mas é bacana que colocaram na série, mostra um pouco do temor de outras pessoas saberem de sua relação com outra mulher e espero que na próxima temporada nos dê mais oportunidade de conhece-la melhor. Gostei muito.

4) Mãe Independente
Claro que o pai de Dion não abandonou a família e foi ridículo como milhares de homens ao redor do mundo que não assumem os filhos ou que pouco sabem da existência deles. Mas sim mostra a vida difícil do que é criar uma criança sozinha, os sonhos abandonados, as cobranças diárias, as atenções que devem ser dadas, amor, educação, proteção. Tudo isso parece bem simples, mas na verdade nunca é, e eu gostei que esse ponto explorado pela série é bem real. Ela fica cansada um pouco de ser mãe, ela quer ser um individuo único e ter uma carreira no que gosta, de tomar um vinho quando quer. Achei bem sincero e real. Não é ser egoísta, é uma mãe que ama o filho, não há dúvidas, mas que precisa de seu tempo, o que é praticamente impossível com todas as coisas que tem que cuidar, assim como todas as mães independentes que criam seus filhos sozinhas.

5) Crianças Talentosas
Dion é muito fofo, claro, como personagem principal o menino se sai super bem, bem tímido e criança, tem atitudes como tal e isso é muito bacana, porque não amadurece o personagem, afinal ele tem 7 anos, ele é inocente, ele faz coisas erradas, ele pula, grita, brinca, faz bagunça e essa é a realidade de uma criança, algo mais maduro que isso acho que está errado. Esmeralda como disse é outro show de atitude e interpretação, a menina vai super bem, muito linda e nos tira algumas risadas pelo seu jeito irreverente. E Jonathan King, ninguém quer ser o menino chato da escola né, mas ele vai bem, ele fica na dúvida ser é um chato de galocha e ser bem visto pelos meninos da sala ou se para de se portar assim e vira amigo de Dion ou Esmeralda. Todos são bem fofos.


A série é baseada no Comic Book de Dennis Liu que tem o mesmo nome (achei para comprar no Ebay por aproximadamente US$ 19 para quem tiver interesse) e parece que foi bem desenvolvido junto com a série, sendo bem fiel a algumas imagens que podem ser vistas abaixo:



Gostaram?
Obrigada se chegou até aqui.
Até a próxima!

Comentários

Postagens mais visitadas