Ted Bundy: A irresistível face do mal

Mês passado eu deixei de escrever aqui no blog porque estava testando outras possibilidade de me mover na internet, mas ao fim percebo que combino mais com esse tipo de conteúdo. E li também que você fica boa parte do inicio de um blog falando sozinho, e é verdade, é triste, mas pelo menos isso me distrai. Então se não resultar em um sucesso com seguidores e mais seguidores, pelo menos eu treino minha escrita e passo meu tempo de forma intelectualmente saudável.

A Netflix incluiu no fim de dezembro de 2019 o filme Ted Bundy: A irresistível face do mal, estrelado por Zac Efron,contando a história do serial killer famoso dos Estados Unidos nos anos 70 que usava de uma faceta charmosa e interessante para atrair suas vítimas (todas mulheres). Eu particularmente sou fascinada por serial killers no sentido de tentar entender o que passa na cabeça de uma pessoa assim, mas confesso que entre tantos que existem no mundo Ted Bundy nunca foi meu favorito porque ele chega a ser patético em suas manifestações de tentativa de escapar da prisão e "digladiar" com o corpo jurídico de seu julgamento.
O filme começa com a vida doméstica de Ted Bundy e Liz Kloepfer (que é interpretada por Lily Collins), mulher que o assassino teve uma relação durante alguns anos. Baseado no livro escrito por Liz, contando seus anos vivendo com o assassino que o filme se desenrola. Como Ted possui uma vida dupla da qual ela não participa, aos poucos no decorrer da história vão "pipocando" acusações, associações a crimes e todo o tipo de investigação que vão ligando ele aos assassinatos de mulheres nas regiões próximas de onde vivem.
Eu particularmente esperava que o filme fosse desenvolvido baseado nos crimes cometidos por Ted, mas na verdade como diz o próprio título é baseado nessa sua personalidade irresistível da qual seu carisma e senso de humor duvidoso, transborda durante suas acusações na esfera jurídica, mostrando sempre uma faceta extremamente narcisista e arrogante da qual percebe ser um homem transtornado pelo seu próprio ego de m*rda.

Ted sendo o que é, um assassino de mais de 30 mulheres, que a primeira vista seduzia com sua personalidade cativante, com boa conversa e que depois agia com extrema violência sexual, ao mesmo tempo levava uma legião de fãs que não o creiam ser o dono dos resultados perversos de suas vítimas fatais.

Ele era um manipulador nato, se colocou a frente de sua própria defesa ao mostrar que seus advogados eram incompetentes para ajuda-lo, já que ele tinha plena razão de sua inocência, e tudo era uma conspiração para culpá-lo por algo que ele não fez, um maldito sádico mentirosinho.
 (Ted Bundy - A real face do mal)

Eu percebi que o filme você tem a sensação de que também como um jurado que está ali sentado, julgando Ted Bundy, precisa tentar encontrar as relações dos itens citados pela acusação e dali julga-lo como culpado. Porque como não mostra assassinatos explícitos, não mostra atitudes agressivas com vítimas e sim ele sendo abordado por policiais, sendo acusado, sendo envolvido por série de notícias desfavoráveis a tentar pelo sua personalidade simpática com a mídia a acreditar que os assassinatos são produzidos por ele mesmo, ou se você está enganado. A ideia do filme é que Ted também te seduza para convencer de que não foi ele. 

Será que estamos sendo tão inocentes como todas essas mulheres e acreditamos em Ted Bundy?

Em uma escala de 1 à 10, creio que o filme foi 7, acredito que poderiam haver mais investidas nessa personalidade dele, eu fiquei um pouco entediada em certos momentos, creio que era um filme com um cunho mais interessante para um psiquiatra assistir, porque realmente trabalha o jogo de mentiras de Ted, e é bem interessante, mas para uma leiga como eu, acho que o momento da sedução das vítimas ou da mídia deveria ter sido mais desenvolvida.

Obrigada se leu até aqui.
Assista o filme também e dê sua opinião.

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