Coringa (2019)

Esse é mais uma postagem atrasada que estou tentando recuperar no tempo de sobra da quarentena, trata-se sobre o filme "O Coringa" com a incrível atuação de Joaquin Phoenix, que lançou em outubro de 2019, mas que eu não consegui assistir no cinema porque foi justamente no mesmo período que ocorreu o estalido social aqui no Chile e os shoppings e cinemas fecharam e que a cidade se encontrava em protestos em diversos pontos, impossíveis para conciliar com uma saída ao cinema.
A história não é novidade para ninguém, a maioria já deve ter visto esse filme e não seria nada interessante retomar um resumo porque fica meio cansativa e chata essa postagem tão repetitiva. Mas o que devemos saber que é o Coringa, que é Arthur Fleck um palhaço miserável que tem seu maior sonho ser uma stand-up de sucesso. Como a vida não é simples e o azar, pessoas nada gentis e acontecimentos ruins o perseguem ele surta e desencadeia a onda de ira e loucura desenfreada, como a gota d'água e a partir daí toma a figura que já conhecemos do Coringa como uma figura engraçadinha e cruel.
O filme é bem psicótico, porque ele é uma pessoa comum e uma vida de merda, como a grande parte de nós tem seus dias ruins e que passa dia divagando em um sucesso no que mais ama fazer, o que nos leva a pensar que qualquer um de nós poderia despertar a mesma ira dentro de nós no "nosso" próprio limite.
Ele é depressivo e eu sinto pena dele para ser sincera, durante quase todo o filme ele só se ferra e não é divertido. Será que ele está errado? O que posso dizer que pode parecer irônico é que tem um meme aqui no Chile que diz que os chilenos não puderam assistir uma semana de Coringa para agir como ele, como rebeldes, no seu estalido social, mudando o comportamento e não tolerando mais o que os mais "fortes" impunham. O Coringa foi um dos símbolos do estalido e não é para menos, o filme demonstra sim o comportamento da sociedade perante ao cansaço da vida do jeito que estava.
Quem sabe um dia eu escrevo um pouco mais sobre os símbolos do que passou (e ainda passa) no Chile e o que representam. Seria um bonito post político, rs. Adoro Batman, dentre os super heróis da DC Comics é o melhor de todos, com uma história mais bacana, e obviamente eu sempre gosto mais dos vilões em qualquer filme de heróis porque acho que são sempre muito verdadeiros no seu jeito de ser, e o Coringa obviamente é meu favorito do enredo. Estou atualmente jogando e tentando zerar Batman em Playstation 4 - VR, e assim que terminar eu conto como foi minha experiência, mas posso adiantar que está sensacional.
Voltando ao filme do Coringa, eu li que Joaquin Phoenix não concorda que Arthur Fleck seja um personagem atormentado. Para ele, Coringa é “a alegria, é a luta para encontrar a felicidade e se sentir conectado. Ele foi tantas coisas diferentes para mim em momentos diferentes e quanto mais imprevisível, mais inspirador”. Sim, realmente o filme é inspirador e muito bem dramatizado, Joaquin Phoenix é sensacional, eu já havia visto outros filmes com ele, mas esse ele passou do limite de qualidade de incorporação da coisa. É fabuloso o show de tristeza, alegria, agonia, ódio, angustia e psicopatia que ele nos presenteia tudo em um filme só.
Joaquin Phoenix comenta inclusive que a parte mais difícil de interpretar o Coringa foi encontrar a risada perfeita. E sim ele conseguiu é sádica, perturbada e ao mesmo tempo triste. O filme é ótimo e não é pra menos que foi aclamado com o Oscar de Melhor Ator esse ano. Se não assistiu, aproveita a quarentena para se atualizar nesse incrível filme.


Obrigada se leu até aqui.
Até a próxima!


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