Crown (Netflix) - Momentos
Recentemente eu terminei de ver as três primeiras temporadas de The Crown no Netflix (a 4ª até então ainda está sendo gravada) e em diversos momentos fiquei intrigada com algumas situações que passavam na vida da realeza britânica que me faziam a todo momento ir até o Google e pesquisar se aquele momento era real ou ficção.
O que a série mais me impressionou não foi a história da Rainha Elizabeth II em si, mas dos demais membros da família real, como o Príncipe Philip, Princesa Margaret, Príncipe Charles e o ex-Rei Edward VIII, porque eles são esquecidos por nós reles mortais no dia-a-dia, se comparado com os atuais membros que chamam mais atenção como os Príncipes William e Harry com suas respectivas esposas, e na verdade há muitas histórias por trás deles.
Baseado nisso eu acredito que o melhor jeito de eu apontar alguns desses momentos históricos é apresentar o que aconteceu na série e mesclar com imagens da vida real. São momentos interessantes que me chamaram atenção na série de alguns personagens específicos da família real britânica.
Vou começar com a minha favorita que é de longe a Princesa Margaret que vive mais ou menos com uma sombra da Betinha (Elizabeth II), mas que é uma moça/mulher que na série mostra com muita energia, simpatia e má sorte no amor. A tristeza profunda com o amor é bem tocante, ela passa muito perrengue (perrengue chique?), e no fim se percebe que ela somente queria ser amada. Então começando pela história dela temos:
Relacionamento da Princesa Margaret com Peter Townsend
A princesa se apaixonou pelo piloto Peter Townsend que fazia parte do escalão da família real há muitos anos e o romance causou um frisson que é bem apresentado na série. O que ocorre na vida real também, contudo a diferença é que na verdade Margaret tinha os 25 anos já completos e não precisava de autorização da Betinha, contudo a Igreja Anglicana inglesa negou e assim ela perderia os títulos e todos privilégios da família real, bem como seus filhos e descendentes. Assim o relacionamento dos dois não seguiu em frente.
Relacionamento de Princesa Margaret e Antony Armstrong-Jones
Depois desse conturbado romance com Peter, a princesa desolada passa a viver em festas e conhecer pessoas fora da linha de realeza, até que conhece o fotógrafo Antony Armstrong-Jones, extremamente talentoso e que fez diversos trabalhos de sucesso para Vogue, Vanity Fair, entre outros. Para Margaret houve uma foto extremamente falada porque supõe que ela está com seminua e que ganhou grande repercussão da mídia, já que como membro da família real Margaret era intocável.
Casamento da Princesa Margaret e Antony Armstrong-Jones (Tony)
Enfim em 1960 a princesa se casa com Tony que recebe o título de conde apesar de tanto detestar a realeza britânica. O que chama atenção nesse evento é que para época foi extremamente moderno porque foi transmitido ao vivo em rede nacional britânica (hoje em dia nos últimos anos acompanhamos o casamento de William e Kate , e depois Harry com Meghan).
Traições, amante e divórcio da Princesa Margaret
Como disse anteriormente a vida da princesa no quesito do amor não foi nada fácil. Tony vivia viajado, tinha amantes em todos os lados, inclusive mantinha uma residência extra com outra mulher. Realmente pavoroso e ordinário. Também há escândalos dela também envolvida em outras traições, mas sem muitas provas, o que obviamente se via um casamento em colapso. A princesa então acaba se relacionando com Roddy Llewellyn o que acaba botando em andamento o divórcio e fim de seu casamento com Tony em 1970.
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Outro personagem que gosto muito depois da princesa Margaret é o Príncipe Charles, filho de Elizabeth II, e que atualmente segue como nosso conhecido de longa data. O escândalo que envolve a Lady Diana ainda não passou na série, está reservado pelo que vi para a 4ª Temporada. Contudo existem algumas situações que me fizeram se interessar por ele. Vamos lá:
Escola Gordonstoun
Em um dos episódios Charles é direcionado para estudar a escola escocesa de ideologia espartana Gordonstoun que foi onde seu pai o Príncipe Philip estou durante sua pré-adolescência. Em flashbacks mostra como para Philip que possui uma personalidade mais ativa, esportista e com personalidade forte passou como um desafio engrandecedor e o fez crescer como homem. Contudo para Charles que foi uma criança tímida e com personalidade mais insegura, claro, porque passou sempre rodeado por pessoas o protegendo, foi os piores anos, onde passou por um inferno (isso descrito pelo próprio Charles).
País de Gales
Em um episódio da terceira temporada foca na experiência de Charles no País de Gales em 1969, quando apenas tinha 20 anos e era um jovem inteligente e simpático. Era o momento em que ele receberia o título de Príncipe de Gales, contudo, antes de tal evento ele passou dois meses na Aberystwynth College estudando a língua e cultura de tal país, entre revoltas da população que rejeitava ser ordenada pela Inglaterra e não consideravam a família real britânica como monarcas. Ao fim Charles se desenvolve bem com seus estudos, graças ao incentivo de um professor fervoroso na cultura, e faz um discurso que traz "mais simpatia" do povo do País de Gales durante o recebimento de seu título como Príncipe de lá.
Relacionamento Príncipe Charles e Camila Bowles (futura Camila Parker)
Na série explora o romance entre o príncipe Charles e Camila Bowles, suas idas e vindas. O quão ele é apaixonado por ela. Como a família real interfere nesse relacionamento e por fim a mágoa de vê-la se casar com outra pessoa e assim se tornar a Sra. Camila Parker que conhecemos pelo sobrenome hoje em dia.
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O conhecido e não tão certinho marido da Betinha, Príncipe Philip, Duque de Edimburgo é um dos personagens que fico na balança se gosto ou não gosto. Gosto de suas atitudes mais radicais e falta de paciência com tantas cerimônias exageradas da Coroa, mas ao mesmo tempo suas supostas traições à Rainha me deixam com raiva por tanta falta de comprometimento e sim uma atitude mesquinha de homem ordinário comum. Mas sim existem momentos que me impressionaram de sua história:
Tragédia Aérea
Durante a segunda temporada da série conta um pouco sobre a família do Príncipe Philip, que ocorreu enquanto estudava em Gordonstound, sua irmã Cécile e sua família (marido, dois filhos pequenos e um bebê que acabará de nascer) morreu em um acidente aéreo quando iam para um casamento m Londres. Na série mostra que o pai de Philip o culpa por tal fato, essa tragédia familiar o marca para sempre, porque fica bem claro que essa era a irmã favorita do príncipe. O que também mostra que a irmã era casada com um coronel nazista, por isso é possível ver tais símbolos durante seu funeral.
Mãe do Príncipe Philip - Princesa Alice
De toda a história do Príncipe Philip a que mais me impressionou foi sua mãe, toda a história que a envolve e o quanto é tão curioso, porque eu não me lembro de ter escutado sobre ela antes de ver a série. A Princesa Alice viveu seus últimos dias no Palácio de Buckingham em 1967.
Contudo sua história é bem triste, ela foi surda, esquizofrênica e foi trancafiada em um sanatório durante boa parte de sua vida. Escapou do sanatório para retornar à Grécia, onde fundou uma ordem ortodoxa de freiras. Gostaria depois de escrever um post somente sobre ela no futuro. Mas sim é uma história que faz parte da vida do Príncipe Philip que me deixou abalada, porque apesar de Princesa e todo o título que a envolve, ela viveu uma vida miserável e sofrida.
Homem na Lua
O Príncipe Philip em 1969 ficou fascinado com todo o movimento da viagem do Homem à Lua, e tudo que envolvia. Em uma visita a Inglaterra pede para conhecer os homens que foram nessa viagem, como Neil Amstrong, Michael Collins e Buzz Aldrin, porque os encontra como homens inalcançáveis, que puderam realizar propósitos que para ele em crise de meia-idade eram fabulosos para a humanidade. Mas o príncipe acaba se frustando ao perceber que são homens comuns, não são brilhantes científicos que passariam para ele avaliações de um futuro ainda inexplorável para a cabeça das pessoas, eram apenas rapazes com sangue jovem.
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Para finalizar eu sigo com o personagem/figura real que menos gostei, é o Duque de Windsor, ex-rei Eduardo VIII, porque ele é um portador de uma soberba impressionante, arrogante e que agia com baixo nível nas situações; Sei que por traz dele existe toda uma história que vou repassar em um tópico abaixo, mas vejo sim que é uma pessoa de pouca confiança e credibilidade na palavra.
Casamento e Abdicação
Em 1936 o então atual rei Eduardo VIII abdicou de sua posição como soberano para poder se casar com a plebeia Wallis Simpson, dessa forma seu irmão passa a se tornar rei (pai da Rainha Elizabeth II) e assim segue apenas como Duque de Windsor. Ele deixa bem claro em todas suas aparições na série que foi negado seu casamento com seu verdadeiro amor e por isso o fez abdicar, contudo no fundo ele ainda deseja ser um soberano, apesar de suas altas alfinetadas e críticas à Coroa.
Envolvimento com nazistas
Em um dos episódios da segunda temporada da série mostra um caso que é aberto chamado Vergangeheit que é uma série de telegramas alemães que levantam as suspeitas que o Duque de Edimburgo estava se conectado com os nazistas e Hitler e com isso um suposto plano edificado para devolve-lo ao trono; Toda essa história foi publicada em 1957 apesar do esforço da família real em tentar esconde-la. O conteúdo desses documentos incluíam inclusive imagens do Duque caminhando com tropas nazistas deixando claro que tudo foi bem real e bem na surdina. Safado.
Espero que tenham gostado desse post, eu não quis passar tantos fatos históricos e sim apenas o que mais me impressionaram na série. Existem muitos outros interessantes também e acredito que em um futuro devo escrever um pouquinho mais dessa série riquíssima em história.
Obrigada se leu até aqui.
Até a próxima!
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